SAO JANUARIO TEM QUE VOLTAR A SER CALDEIRAO!!!


Olá a todos!

Belíssima vitória ontem do Vasco sobre o São Paulo, no Morumbi, onde não ganhávamos desde 2002. Este Vasco que deixou de conseguir sua quarta vitória consecutiva na última quinta feira contra o Bahia, mas que chega a cinco jogos de invencibilidade.

No ano passado ficamos, se eu não me engano, nove jogos invictos. Mas foram uns oito empates. Neste ano estamos há cinco, com quatro vitórias. E isso porque o time é covardão, mas deixa este papo para lá...

Contra o São Paulo foi um jogo típico para analisarmos o porquê de jogarmos bem fora de casa. O time sabe da boa defesa que tem e por isso sempre começa os jogos na expectativa de segurar aquela pressão do adversário, habitual de quem joga em casa. Cozinha o jogo, espera o tempo passar, enerva o adversário e o chama para o seu campo.

Depois, seja no final do primeiro tempo, seja no segundo, começa a atacar. A medida em que o time adversário vai saindo mais, o Vasco ataca mais. As vezes, como ontem, demora a acertar o contra ataque. Mas quando acerta é fatal.

Todo o time do Vasco sabe se colocar em campo. Todo. É impressionante como cada jogador sabe sua função no esquema para lá de definido do nosso treinador. É claro que o time ainda oscila. É claro que não temos aquele atacante que a torcida do Vasco tanto se acostumou a ver lá na frente. Mas cada jogador é peça de uma engrenagem que, goste você ou não dela, é bem definida.

O problema é que não jogamos assim em São Januário. Logo na nossa casa. Porquê?

De todas as inúmeras teorias que eu já ouvi, uma me parece mais razoável justamente porque junta duas teorias complementares.

Este time do Vasco é mortal no contra ataque. Times têm características, não adianta ficar dizendo que não pode ser assim porque tem que ser assado. O time é de toque de bola, de cadência e de enfiadas para nosso atacante mais veloz. É um time pesado com uma jogada veloz pelo lado direito, porque Fágner também é rápido.
Em São Januário o time adversário sempre sai menos para o jogo, e isso atrapalha um pouco nossa estratégia habitual. Soma-se a isso a impaciência já conhecida da nossa torcida. É impressionante como as vezes conseguimos tirar um jogador do jogo (exceção à última quinta feira, quando a torcida foi perfeita).

Me respondam: adianta vaiar um jogador fraco como Marcio Careca desde o início do jogo? Vocês acham que ele vai melhorar se o vaiarmos? Vocês acham que temos mais chances de fazer os gols se o vaiarmos? É claro que não! Muitas vezes tiramos um jogador do jogo com isso. Outras tiramos o time todo.

O que proponho é um pacto para fazermos, juntos, São Januário de novo o nosso diferencial. A torcida tem que entender que antes de jogar bonito, temos que GANHAR sempre em nossa casa. No dia em que estiver ruim, ganhamos de um a zero com gol de mão impedido aos 49minutos. Ponto final!

O que peço é que a torcida incentive o tempo todo. Se o Marcio Careca (ou qualquer outro, ele é só um exemplo) errar, apoiamos para ele acertar na próxima. Se o time tomar um gol, gritamos mais alto. Um time apoiado e fechado com a sua torcida vai correr mais por ela, podem acreditar.

Tem que haver também contra partida, claro. Os jogadores, e também a comissão técnica, têm que entender que jogar em São Januário é sagrado para nós, torcedores. Os caras têm que entrar comendo grama, cada jogo tem que ser uma celebração, disputado como se fosse o último.

E porque digo isso? Porque Diego Souza, que eu defendo sempre, não pode entrar para jogar em casa como entrou contra o Bahia, sonolento e desfocado. Tem que entrar como jogou ontem, apelando para a raça quando a técnica não funciona, respeitando o mínimo que exigimos ali: muita, muita disposição para nos dar a vitória.

É o pacto que proponho: a gente dá o voto de confiança, eles retribuem. E nós voltamos a fazer de São Januário o caldeirão que nos orgulha tanto.

Topam?